Duas da madrugada, esse mundo de escrita noturna precisa parar, não tenho mais idade para fazer isso. Passei o dia fora, estive resolvendo questões essenciais, matando saudades. Comecei a escrever muito tarde, quase às onze da noite, mas deu para escrever umas mil e seiscentas palavras, ler umas quatro páginas, fazer um pouquinho de tudo que eu queria ter feito muito. Amanhã começarei um novo projeto, mudar os rumos da vida, parar de perder tempo, organizar a rotina, dar-me horários fixos de trabalho. Vai funcionar? Não sei, mas sei que preciso que funcione, então, vou me dedicar com afinco. Acredito que eu não posso ser tão ruim ao ponto de falhar miseravelmente o tempo todo, deve existir ao menos um dia de glória, que este dia, então, seja o amanhã (e, lógico, os dias conseguintes). Até a próxima frase.
Diário de escrita