Outra madrugada, outro dia corrido, outro estressado dia imperfeito (não, nunca existiu um dia perfeito). Escrevi sabendo que não poderia escrever por muito tempo, pois tinha milhares de pendências para resolver, fui comedido, tolhido por mim mesmo. Consegui escrever um pouco mais de duas mil e cem palavras, fiz todas as tarefas da lista, li consideravelmente bem, enfim, fui produtivo o bastante, mas insuficiente para sanar minhas frustrações. É a minha mania de me cobrar demais, de ser duro demais e ignorar o conceito de gentileza e paciência. Como disse num dos textos de hoje: estou há quarenta e sete anos apanhando dos meus traumas e transtornos, não exijam de mim que eu saiba bater de volta se sequer aprendi a engatinhar. É isso, julguem-me, mas não me perturbem. Até o próximo parágrafo.
Diário de escrita