Escrevi mais de duas mil e quinhentas palavras, muito assunto para tratar. Li um pouco mais de dez palavras de dois livros. E passei o dia pensando no depois. Houve terapia de grupo, houve problemas e decisões importantes. A primeira notícia que me pegou desprevenido foi que a Mafalda, ainda internada, havia vomitado, mas, não foi algo ruim, pois ela expeliu o que havia dentro do estômago há muito tempo, um enorme chumaço de pelos da largura de uma mão aberta. Incrível como isso saiu de dentro de uma cachorrinha tão pequena e graciosa. Mas a notícia seguinte me disse que ela provavelmente terá que operar a vesícula e que será coisa imediata para tentar salvar a vida dela. Ficou mais ou menos assim: com cirurgia, ela corre o risco de morrer pela complicação do procedimento, mas, se salvar, pode ter mais chances de vida. Ou ela pode não operar e não ter chance alguma. Ao menos é o que pareceu, espero estar errado e espero que o que for feito traga ela de volta para casa por muitos outros anos. Simples assim. E o que isso tem a ver com este diário de escrita? Tudo, pois tudo está diretamente ligado ao estado emocional do escritor, a negatividade que vivi por toda a vida só me deixa apreensivo e desorientado. Mas, estranhamente, consegui escrever, não o que gostaria, não o que era para ter escrito. Fiz o que deu. Na questão do amor, fica o meu para minha filhota, a Mafalda. Na questão da literatura fica o registro de mais uma passagem minha por aqui. Nos lemos noutras frases. Até.
Diário de escrita