Hoje eu me dediquei à organização e até que fui bem competente. Comecei ainda no período da manhã, tirando tudo de dentro do escritório para conseguir acessar a parede atrás da mesa. Para puxar a mesa, precisei tirar tudo de cima dela. Para afastá-la, quase a desmontei. No fim, consegui pregar o quadro (já disse que foi presente da linda da Lu?), amei o resultado, algo tão milimetricamente bem pregado que até parece que foi outro quem o colocou. Não satisfeito, vendo o estado da minha mesa (aquela que gastei meses para construir), decidi arrumá-la inteirinha. Reforcei com mais madeira, dezenas de parafusos e muitos apertões. Ficou ótima, firme, sólida e agora até pode ser arrastada sem balançar ou desmanchar nada, uma obra de arte, modéstia a parte. Se tivesse lembrando de colocar cola antes de apertar os parafusos, bicho!, estaria como rocha (carvalho, melhor dizendo). Esse trabalho todo me deixou sem almoço até quase quatro da tarde, mas eu terminei, fiz o proposto, além da meta. Agora a mesa está limpinha, firme e organizada. Gostaria de ter a capacidade de manter ela desse jeito por muito tempo e trabalharei mais nisso. O cão (o Dinossauro) passou bem o dia, amanhã ele tem exames para fazer, vai ficar fora o dia todo e eu também, mas voltaremos à noite, espero que mais saudáveis. Acabei lendo um texto do Frei Betto, revi o livro por um acaso, eu disse, organizei as coisas e o vi ali escondido, sem terminar, outro entre tantos. O texto dele me inspirou a escrever um pouco mais e consegui chegar às mil e duzentas palavras. O suficiente para me indagar diversas vezes o meu papel aqui no mundo, não soube me dar uma resposta, mas soube definir que o significado de paraíso pra mim é viver apenas para duas coisas: ler e escrever. É isso. Nos lemos em outras palavras. Até.

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