Passei o dia trabalhando na estante, finalmente ela foi erguida a muito custo e suor, e também às custas de um joelho bichado, latejando de tanto esforço. Mas está lá, pronta para ser acabada com verniz e chumbada à parede para que não nos mate macetados em caso de queda. Levei mais de um mês desde que a comecei. A próxima eu sei que será em menos tempo, quer dizer, se nada atrapalhar ou acontecer no meio do caminho, será feita com mais experiência pelo menos. Na escrita eu digitei um pouco mais de mil e quatrocentas palavras, li muito pouco e senti muita dor. Dessa vez foi dor física, cerca de oito horas de trabalho pesado. A mente ficou ansiosa mesmo assim, desesperada para terminar o trabalho, a dopamina nem fez cócegas e olha que eu acabei a etapa mais difícil de tudo que tinha feito até agora. Mas é isso, um cérebro com transtorno será sempre um cérebro com transtorno. Até a próxima entrada.
Diário de escrita