Mil seiscentas e sessenta e seis palavras, foi o saldo de hoje. Li meia página, montei mais três prateleiras (agora só faltam cinco), fiz meu papel de cuidador, ouvi desaforos, mais do que já ouço todos os dias, permaneci calado para não piorar o dia que começou fervente e pratiquei o que melhor sei fazer quando estou ansioso e confuso: enrolei. Se ganho algo sendo eu, não recebi ainda. Se não ganho nada, por que continuar sendo? Perguntei-me isso com frequência: eu gostaria mesmo de ser outra pessoa? Tenho asco só de pensar, imagine, ter que lidar com a vida inteira de novo, sofrer todas as mesmas coisas de jeitos diferentes, talvez, e só talvez, ser menos desafortunado. Continuo no time de quem nem queria ser. Mais prático não existir do que refletir e filosofar o ser e estar de qualquer vida. Nessa boa vibe eu me despeço, volto em outras circunstâncias menos pessimistas. Minto, se assim fosse, nunca voltaria. Até.

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