Escrevi o quanto foi possível antes de desanimar ainda mais por estar escrevendo. Foram pouco mais de mil palavras. Passei o dia preocupado com o dia seguinte e com a condição sonolenta do cão Dino. Li um pouquinho do Pessoa e lamentei não ter lido mais. Continuo com as entradas regulares do novo livro que nunca será lançado em vida, um esforço estúpido de quem não sabe o que quer de fato. Entrei num projeto musical que não sei se queria ter entrado, mas como é música, agi por impulso e lá estou. Talvez não tenha condições psicológicas para assumir o cargo, mas descobrirei mais tarde, talvez tarde demais, talvez não. Quem dera eu tivesse a capacidade de pensar com clareza acerca das coisas que necessito saber decidir. Vivendo como em um poema antigo, palavras e significados demais com pouca compreensão. Até a próxima palavra.
Diário de escrita