Até que deu. Travei meu cérebro no lugar dele e consegui produzir pouco mais de duas mil e trezentas palavras. Consegui ler bastante também. Comecei os meus afazeres depois das seis, mas, com muito esforço e concentração, deu para avançar sem perder outro dia. Estou quase no fim do livro da Claudia Lage, Labirinto da palavra, continuo gostando, mas acredito que a autora não entendeu o que está além da literatura, mesmo falando sobre autores que conversaram sobre o assunto. Acredito que, na visão dela, o papel do escritor é traduzir ou transpassar a realidade. E o que eu entendi dos textos do Graciliano e do Tchékhov, que ela citou, é que o que está além da literatura é o mais importante e, através da literatura, deve-se combatê-lo, como a desigualdade e as injustiças do mundo, por exemplo. Mas isso foi assunto para meu novo livro e lá ficará até que alguém um dia leia. Até lá, terei mudado muita coisa, mas não o objetivo do que foi escrito. Minha literatura existe para mudar pensamentos com ideias e não apenas para retratar o mundo. É isso, até a próxima palavra. Tchau.

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