Impressionante como senti uma repulsa devastadora ao sentar para escrever. Já tinha sentido algo parecido, mas não nessa força. Só escrevi porque me obriguei, como se eu fosse um masoquista e sádico que obriga alguém a algo terrível. Produzi pouco mais de mil e quinhentas palavras, uma entrada para o novo livro e mais nada além de senis reclamações de que não queria escrever. Me senti um decadente escritor frustrado e descobri que sou isso mesmo: senil, decadente e frustrado. Noutros tempos eu seria mais otimista, tempos distantes… Foi isso, nada demais, apenas mais um dia entre tantos. Até.
Diário de escrita