Quase 2.700 palavras depois, aqui estou. Hoje foi dia de assar mais um pouquinho, realizar algumas tarefas e pendências, continuar lendo e aprendendo e, claro, escrevendo. Hoje eu comecei o quarto caderno à mão, sim, também escrevo um diário à caneta todos os dias, há quase um ano, e hoje eu inaugurei um caderno tipo Frankenstein que eu montei a partir de três outros antigos. Nada de desperdício por aqui, vou utilizar até a última folha em branco antes de comprar um novo caderno. Ou seja, vai aí mais uns dois anos de escrita em folhas quase craquelentas de tão antigas. Tá, talvez eu deixe as folhas amarronzadas para lá e só use das amareladas em diante. O mais divertido disso foi rever meus antigos escritos, muitos deles eu nem me lembrava, coisa de vinte anos atrás. Achei até um livro, um pedaço de livro, com quase quarenta páginas em caneta Bic e letra miudinha e regular. Ainda bem que tenho coisas assim para provar para mim mesmo que eu já tentava ser escritor há muitos anos, está registrado em tinta. O mais triste é me deparar com sentimentos que até hoje eu carrego, vinte anos se passaram e algumas coisas sequer mudaram. Dureza. Mas é isso aí, o tempo cura tudo, nem que esse “cura” seja a própria morte. Nos vemos (lemos) em outros depoimentos literários. Até mais.
Diário de escrita