Ultimamente eu tenho pensado em parar de escrever todos os dias. Sinto como se eu estivesse à beira de um colapso nervoso. Tenho me sentido sempre muito ansioso, principalmente quando me deparo com a hora de escrever. Sei que meus problemas não vêm da escrita em si, que são muito mais profundos e de origens diversas, mas a escrita, que deveria ser o meu ponto de conforto e alívio, está se tornando um grande peso. Digo isso não por ter problemas com criatividade, mas estou tendo problemas com a vontade de escrever.

Esse diário é quase um elo esquecido da minha vida, sei que de vez em quando aparece um gato pingado que vem aqui ler o que escrevo, ou só vem aqui ver que existe um site, que estou escrevendo nele, mas que não se dá ao trabalho de ler absolutamente nada. Mas, como eu disse desde o começo desse meu sítio pessoal, o diário existe apenas para me motivar, para me incentivar a continuar escrevendo, por isso vou contando os dias seguidos de escrita, por isso vou contabilizando o número de palavras, e por isso que eu falo um pouco da minha vida pessoal. Essa última parte, dos desabafos, eu posto porque sei que não estou sendo lido quase nunca e que, quando alguém, um dia, começar a ler isso, eu já não estarei mais no mesmo sentimento. Bem, assim espero, né?

Eu tenho muitas frustrações na vida, muitas mesmo, como qualquer pessoa com sentimentos deve ter, por isso acho que parar de escrever geraria em mim um “fatality” devastador na minha vontade, no meu empenho e na minha luta constante para me tornar um escritor publicador de histórias. Entretanto, meu ânimo continua em baixa. Tenho batalhado constantemente com a preguiça, com o desânimo e com a mais pura falta de saco na hora de escrever. Mesmo assim, eu vou lá e escrevo.

Desde o começo deste ano, eu me obriguei a escrever algo criativo todos os dias e não só ideias e pensamentos abstratos. Há vinte e seis dias eu estou escrevendo um miniconto e um verso correlacionados diariamente. Tenho que criar um enredo curto todo santo dia, depois eu reflito um verso para esse mesmo texto. Criar não é difícil, acho que nunca tive um bloqueio criativo (claro que escrevo muita porcaria no meio desses textos todos), mas tenho tido uma falta de vontade enorme na hora de começar a escrever. Isso tem me incomodado bastante e é por isso que estou escrevendo sobre o problema aqui, no meu diário de escrita. Estou me expondo, sabendo que qualquer um pode ler, mas na segurança de que seria preciso uma aleatoriedade muito grande para que alguém chegasse a esse texto. Como eu disse, o meu tráfego de “leitores” é quase nulo. Não divulgo, não posto sobre, e não fico falando que tenho um site por aí, mesmo que já tenha falado algumas vezes. Isso não me preocupa, o que me preocupa é continuar perdendo a vontade de fazer o que eu mais gosto, escrever.

E, para não perder o costume, mesmo estando reflexivo e melancólico, eu vou postar a produção de hoje. Escrevi outro miniconto, um com 249 palavras, um verso, com 96 palavras, um fluxo, com 988 palavras. Mais esse textão aqui acima.

Bem, é isso. Esse foi mais um dia da minha vida quase anônima e irrelevante. Estarei aqui amanhã de novo escrevendo, ou não, mas é bem mais provável que sim. Até.

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