Há três anos eu começava minha louca ideia de escrever todos os dias. Como já dito antes, nunca imaginei que chegaria ao dia cem, sequer ao dia mil, mas cá estou, no dia 1.095, completando três anos ininterruptos de escrita. Árdua e dolorosa tarefa de inventar, desabafar, poetizar, imaginar, conceber todos os dias. Parei de vir aqui expor meu cotidiano de escrita por estar abarrotado de obrigações que não queria ter, mas hoje voltei. Voltei apenas para dizer que continuo, que persisto nesse provável erro que é digitar palavras todos os dias da vida (assim ainda acredito), na esperança de um dia dar certo. Com menos responsabilidades literárias, tive mais tempo para ler e voltei a trabalhar nos meus antigos textos. Mas os problemas antigos todos persistem também, continuo com o mesmo estorvo, o TDAH, a ansiedade e o TOC, a pressão lá nas alturas, o corpo reclamando da falta de prática, a vida tentando me derrubar por inúmeros motivos. E vou continuar por quanto tempo puder, não só porque ainda me alimento da maldita esperança, mas porque se parar, seja em qualquer momento e/ou qualquer motivo, terei sucumbido e perdido a única batalha que travei por tanto e tanto tempo. Posso ter sido derrotado em tudo que fiz até hoje, mas, estúpida e insistentemente, continuo aqui, digitando, dia após dia, lutando por um lugar à estante. É isso. Volto algum dia para contar alguma outra coisa. Afinal, continuo pagando domínio e hospedagem deste site e não quero que seja em vão. Talvez surja alguma ideia que me faça ter vontade de usá-lo outra vez. Talvez muitas coisas, talvez nadica de nada, mas sempre por meio de palavras.
Diário de escrita