Outro dia pesado. Que dia não é pesado nessa pandemia? Se você me conheceu, mas não fala mais comigo, provavelmente votou no cara errado. Saiba que ele é parte do seu “pecado”. Outra vida ceifada em meio outras tantas. Quantos negaram e já partiram? Você consegue contar? Eu não mais consigo.
Passei o dia entristecido. Queria poder fazer algo melhor. Maldito! Maldito! Maldito! Não o dia, o genocida.
Estava numa onda de verso. Verso sempre é bom para momentos assim. Escrevi um pequenininho, 126 palavras. Um começo de melhora de um dia doído.
A boa nova foi que o Ficcionados cresceu, já somos quase que o número mágico: 13! Muito melhor do que dezessete. Conscientes e sensatos sabem disso. Quando um novo mês começa, eu fico ávido para escrever para o grupo. E foi assim que eu comecei um novo experimento.
Foi nessa vibe de ressurgir que eu criei “O simples fato de nunca estar lá” – nome do conto que comecei. Foram 1065 palavras dessa ideia de unir o verso com a prosa, nada que ninguém tenha feito antes. A novidade é para mim. Nesse novo conto, também experimento outra ideia. Ouso na pontuação. Nenhuma vírgula, vejam só. Provavelmente estou fazendo errado. Pouco importa neste caso. Quero escrever, aprimorar, criar.
Ah! Terminei de ler o livro do Alberto Manguel. Sei que ele tem um nome bem importante na literatura, mas não gostei dessa novela. Algo que termina com preguiça. Uma história “desnutrida”. O amante detalhista, nome da obra. Não deixarei de ler outra de suas criações, até porque tenho outro livro dele aqui.
É isso. Outro dia, mais um conto. Mais palavras para a produção diária. Triste, porém satisfeito. Ficarei em êxtase quando o genocida cair e não os corpos dos inocentes.