Vou focar apenas nas questões textuais, sem me sentir tentado a falar dos problemas cotidianos. Comecei o dia pegando a revisão do meu romance como prioridade. Terminei de revisar o quinto capítulo e me senti na obrigação de dividi-lo em dois. Entretanto, esse agora novo capítulo, eu precisei reescrevê-lo inteiro. Nem sua forma e nem seu conteúdo estavam bons o bastante. E procedi da seguinte forma:
Primeiro eu dividi a tela do meu monitor em dois documentos, o antigo e o novo. Lia o que estava pronto e reescrevia no documento novo. A medida que eu completava um assunto, eu tachando no antigo. Repeti o processo até reescrever toda a parte. Depois, só precisei trocar os textos de lugar. Guardei o antigo para ficar de referência, se um dia quiser ver o que era e o no que se tornou.
Nesse processo eu escrevi 1292 palavras do meu renovado capítulo seis, mais 306 palavras de parágrafos que consertei. Acabou que o texto só aumentou, mas gostei do seu resultado, está mais coeso. Amanhã pretendo continuar o processo e, agora que eu já aprendi, se estiver muito bagunçado, eu o reescreverei. Gostei da experiência e recomendo. Consertar partes dá mais trabalho do que fazer tudo de novo.
Quero falar um pouco sobre o livro “O amante detalhista” do Alberto Manguel que estou lendo agora. Acabo de chegar na metade do livro e só então entendi do que se trata. Uma novela tão pequena pode se tornar algo bem complexo. O que me incomoda é pensar em porquê escrever um intrincado enredo desses? Não vou opinar até acabar, mas continuo achando a história muito estranha. Uma volta enorme para contar algo simples. Logo escrevo o meu parecer.
Passei o dia aqui, em frente ao monitor, pensando em como resolver meu texto e nas coisas que ainda quero criar. Percebo que meus dias andam fechados apenas em minhas ideias. Preciso dar movimento ao corpo também.