Cheguei cedo para concluir o meu dia de escrita e, não, não escrevi pouco. Hoje eu também não estou afim de falar os números específicos de cada texto, basta saber que foram mais de duas mil palavras outra vez. Meus textos criativos foram sobre o autoconhecimento, uma dúvida e desejo de todos nós (acredito eu). Fiz bem o meu trabalho, e fiquei satisfeito com o que realizei. Tudo bem, sem pressões. Outra coisa foi ter descoberto uma série de dificuldades que vivi a vida inteira, uma percepção óbvia do meu próprio eu, algo que carreguei dentro de mim por tantos anos e levei 46 anos para perceber. Agora que já está percebido, falta correr atrás dessa dificuldade e entender do que se trata. Sem pressa também. Estou atento às minhas limitações e, agora sabendo disso, tudo se torna mais brando.
Ontem comecei a ler um livro do Bukowski, acho que o sétimo ou oitavo que leio dele, se chama “As pessoas parecem flores finalmente”, livro póstumo, cheio de fases do autor. Buk é o meu preferido, gosto da dor de cada palavra que ele escreve, o que está por trás de toda má fama que ele carrega. Algo que fica oculto aos olhos de quem o admira apenas pelas perversões e idiotices. Adorando o livro, óbvio.
É isso. Agora que eu acabei tudo mais cedo, vou dedicar o resto das minhas horas para ler. O Herdeiras de Duna está maravilhoso, Herbert é outro grande autor. Vou tentar ler um pouco de assuntos técnicos também, mas sem nenhuma pressão (estou repetindo para mim mesmo, faz parte do meu processo). Uma boa-noite para quem perde tempo vindo aqui ler as coisas que escrevo sobre a escrita. Um dia aparecerão leitores, até lá, continuo falando comigo mesmo. Boa noite pra mim então. Até!