Que dia! É falsa essa exclamação. Ou verdadeira, se for pronunciada de maneira adequada. Escrevi pouco mais de mil e novecentas palavras. Não li absolutamente nada, só pensei em ler diversas vezes, mas não consegui abrir o livro, como se fosse lacrado com solda e eu não tivesse forças para lhe romper o selo. Embora eu tenha tocado bastante, me concentrado na música, para variar e aliviar um pouco, continuei me sentindo incompetente. Há dois dias não uso minhas listas de tarefas, tentando amenizar os efeitos da ansiedade, mas, por outro lado, intensificando-a em mim. Cheguei a cogitar que é impossível lidar com a organização e a disciplina, quase dei um “foda-se tudo” e parei de me preocupar com escritas e leituras, mas também seria uma apunhalada na coisa que mais amo fazer. Aff, enfim, sou o mal de tudo em mim e também sou minha própria salvação. Cansado de lidar com meus eternos dilemas, mesmo que já tenha avançado (e eu sei que já avancei), o cerne do que está dentro de mim continua gritando que está tudo fora de controle. Como calar o impulso e o medo? Como transformar anos e anos de pessimismo em coragem? Fica para a próxima entrada… talvez nunca. Até.

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