Escrevi duas mil palavras, li mais de dez páginas, fiz um monte de coisas e tudo debaixo de calor insuportável e com o estado emocional completamente abalado. Mafaldinha não anda bem, ao menos foi o que me passaram, vomitou e segue sem fome. Eu sigo do mesmo jeito, tirando o vômito. O que me incomoda também, é que parece que só eu estou me importando com a ausência dela, assim como ainda me faz falta a ausência do Dino e de todos aqueles que eu perdi antes dele. Perco os bichos, perco dinheiro, perco a vontade das coisas, até de escrever. Só não perdi a vida por falta de coragem ou ainda por falta de sorte. Seja como for, o que cobram de mim é que eu esteja bem, que eu esteja receptivo, que eu não me desespere, que eu siga servindo e sorrindo. No fim das contas, nunca ninguém se importa. Do que vale ter palavras na mente se não as quero dizer? Até.
Diário de escrita