Não são nem onze e meia da noite e eu terminei meu dia de escrita com mais de três mil e setecentas palavras. Acho que eu posso atestar que o medicamento funciona. Mas, se não ficar evidente, posso dizer também que além de ler mais de dez páginas, uma bula e dezenas de artigos online, eu passei o dia inteiro sem uma crise de ansiedade sequer. Nada, nadica de nada. Também não é tão mágico assim, algumas coisas como o pensamento múltiplo e pequenos desvios de atenção aconteceram, mas nada que me tirasse do sério ou me fizesse ficar minimamente ansioso. Até voltei a sentir vontade de tocar minha guitarra, não ficando apenas na vontade. Consternado positivamente é a sensação do dia. E que venham outros mais, preciso apenas averiguar o sono, se não será prejudicado, como me avisou a bula. No mais, só alegria, quer dizer, só satisfação e sensação de dever cumprido. Alegria eu deixo para sentir quando o capitalismo for derrubado (por algo melhor, claro). Até a próxima palavra.
Diário de escrita