Agora são quase onze e meia da noite. Há muito tempo eu não terminava meu dia de escrita antes da madrugada chegar. Escrevi mais do que ontem, mas muito menos do que já escrevi em bons dias. Tive algumas crises de ansiedade hoje, mas consegui aquietar meu pensamento depois de uma caminhada introspectiva. Escrevi pouco mais de mil e duzentas palavras, li muito, um livro curto inteiro, outro feito que há tempos não fazia. Não enrolei tanto quanto costumo enrolar e até consegui me entreter um pouco assistindo a um filme. Ainda aguardo a tão sonhada melhora do filho bicho, enquanto isso, vou segurando a ansiedade do desfecho dos transtornos que carrego aqui comigo, só mais dois dias e um tratamento pode vir a mudar tudo, assim espero. Espero que os tratamentos do Dino também funcionem. Dispus de todos os recursos que tinha e não tinha, sigo nas orações metafísicas para que não deixe de realizar nenhum dos protocolos exigidos em casos delicados assim. A literatura continua sustentando o pouco do que ainda existo, mas ainda espero um dia ser alicerce de palavras também. É isso. Até o próximo texto.
Diário de escrita