Mil e quatrocentas palavras de novo. Meia página de leitura desta vez. Passei o dia com meu filho, entre brincadeiras e conversas. Um dia divertido, mas só até eu voltar para casa e começar o drama de ver-me e enxergar-me no mundo. Pareço um fardo que eu mesmo carrego, pareço um paradoxo entre duas coisas ruins, pareço estar em pane total. As palavras saem, mas a angústia fica e se acumula. Quisera eu não estar dentro de mim e viver comigo. Paz, é o que mais peço e mais desejo. Mas a paz não existe onde a vista alcança. Minha mente diz: medite. Mas ela mesma, a mente, impede-me de meditar, respirar e pensar. Escrevo, escrevo e escrevo, escrevo para livrar-me, para sustentar-me, para manter-me, para esquecer-me que escrevi, pensei, senti ou sonhei.

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