Mil e quatrocentas palavras depois eu parei. Li uma página e meia e também parei. Fui escrever e não senti que renderia coisa alguma, apenas fui e voltei com palavras e vontades de criar coisas que eu nem sei o que são. Antes, porém, trabalhei na estante, voltei a montá-la. Agora tenho os quatro pés prontos e duas prateleiras de dez quase acabadas. Falta montar as outras oito, lixar tudo, marcar tudo, furar tudo, colar e parafusar tudo. Trabalho de mais algumas semanas. E com semanas assim, caóticas, fica ainda mais difícil divisar o que eu preciso ou não fazer e em qual ordem. A minha ordem primordial é parar tudo e arrumar a biblioteca, por incrível que pareça, é o que mais me incomoda e me aflige fazer. Quero sempre dizer outras coisas, mas por ora me calo. Até mais.
Diário de escrita