Outro dia, quantos serão precisos até que algo realmente concreto aconteça? Não sei, sei que não estou satisfeito. Coisa mais difícil é eu me sentir satisfeito comigo mesmo, uma eterna cobrança, o ato de compensar tudo que deixei de fazer todos esses anos, como se fosse possível, como se fosse lógico. Triste me ver assim, mas também não sei ser de outra maneira. Escrever é uma fuga e um fardo. Tender ao infinito de coisas que não sou, tencionando ser algo que jamais serei. Escrevi minhas palavras, não todas elas, mas muitas delas. Cerca de quase mil e setecentas. Do que vale tudo isso? Não sei responder, acho que já escrevo por impulso, como quase tudo em minha vida, acho que escrevo pelo medo de não mais saber fazer nada. Qual a validade desse ato? Perguntas, tantas perguntas e todas elas sem respostas. Sigo digitando, lendo, digitando e lendo, como quem respira sem notar que o faz. Até.

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