Passei o dia trabalhando manualmente em minhas estantes, serrando tábuas, lixando, furando e aparafusando. Ótimo dia para comemorar o dia do trabalhador, que deveria ser comemorado todos os dias, como o dia das mães e das mulheres. Na verdade, todos os dias são dos bilionários, que continuam podres de rico e sem o menor vestígio de empatia por quem exploram. Escrevi pouco mais de duas mil e cem palavras, voltei ao conto, bem pouquinho, mas voltei; escrevi a entrada do novo livro, justamente falando sobre o trabalho, e encerrei com o fluxo. Achei que não daria tempo, mas deu. Ainda penso no dia em que o trabalho será apenas por prazer e não por necessidade, talvez aconteça no dia em que o trabalho for bem remunerado como deveria e qualquer trabalho valha a pena ser trabalhado. Até lá, uni-vos.
Diário de escrita