Vamos começar falando de fígado, esse maldito órgão que leva a maior parte dos meus filhotes embora. Sim, não quero deixar para falar no final. Tenho um cão, de uns 15 ou 16 anos, viveu muito bem e correu muito para todo lado. Ele sofreu um derrame, há três semanas, no dia seguinte à morte do meu gato Smeagle, e se recuperou quase que completamente, mas em duas semanas, seus exames de sangue e ultrassom, apontaram uma piora absurda no fígado, principalmente. Ele hoje está internado. Mas ele come, anda, faz suas necessidades, chora de saudades de casa, está quase que perfeito, mas pode morrer a qualquer instante, porque tem uma bomba dentro de si, o seu maldito fígado.

Estou farto de ver meus bichos idosos partirem por conta desse órgão. Estou triste por isso, sempre. É lamentável como o empenho na fé, se usado a favor da ciência, teríamos melhores resultados do que meras orações vagas. Estou cansado de ouvir o povo falando que eu preciso ter fé. Eu tenho. Numa coisa só. Na ciência. A única que resolve quando se está no fim. Quando resolve. Agora, imagine toda a grana gasta em religião no mundo inteiro, imagine todo esse dinheiro empenhando em melhorar a vida humana.

Uau!, é a resposta do meu pensamento. Pena que tem sempre alguém orando. Sempre alguém falando a merda da frase: “era a hora dele(a)”. Não, não era. Todos morrem, mas se você morreu de uma doença, um tumor, um vírus ou algum acidente e assassinato, não era a sua hora. Então, que se fodam com essa hipocrisia fanática de deus. Todas as minhas orações à ciência, que ela siga salvando vidas, mesmo as vidas de arrombados que a negam. E, Astro, estou aqui torcendo para que se encontre o melhor tratamento para que você se salve, não porque a vida é boa o bastante, mas porque vamos viver bons dias juntos ainda.

Agora, sobre a produção de hoje. Escrevi um miniconto e meio. Sim, é possível escrever meio miniconto. O total de palavras dos dois foi de 205. Claro que eu não parei por aí. Escrevi mais um fluxo de 1342 palavras. Antes disso, terminei de ler O quinze da Rachel de Queiroz. Livro triste, pesado, mas revoltante.

Eu diria que o resumo do livro é que: se todos tivesses se unido para passarem juntos pela seca, não teriam perdido tantas vidas assim. O povo pede a deus a ajuda que eles mesmos negaram aos seus semelhantes. É essa a mensagem principal desse livro pra mim. Rachel, por certeza, achou que estava fazendo o bem, mas só mostrou a podridão dos que sofrem e dos que fingem se importar com isso.

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