Escrevo do dia seguinte, hoje é dia sete, o dia seis eu não escrevi nada no computador, estava no hospital, mais uma vez. Escrevi à mão, no caderno, três pequenas páginas que rabisquei à caneta, de madrugada, morto de sono, sentando, dentro do banheiro daquele lugar, para não precisar acender a luz do quarto e incomodar a paciente. Nessas páginas, ao fim delas, completamente esgotado, manuscrevi palavras para o novo livro, cerca de apenas 135. (Só sei a quantidade porque as digitei hoje, dentro do arquivo destinado ao projeto.) Agora posto estas palavras e corro de volta para ocupar o meu lugar de filho naquele quarto. Escrever tem dessas coisas, tem dias que nem a palavra te quer por perto.
Diário de escrita